Documentação para decisores

From MoodleDocs

O cenário português

O ensino básico e secundário

O Moodle em Portugal encontra-se bastante difundido pelas escolas do básico e secundário. Através dos Centros de Competência, várias escolas têm a oportunidade de trabalhar com o Moodle sem custos adicionais, como é o caso do [CCEMS moodle.ccems.pt]. A Unidade de Missão CRIE (Computadores, Redes e Internet na Escolas) tem apoiado também o processo através da adopção do Moodle como ferramenta de trabalho colaborativo e de formação de professores. Exemplos como a [EDUCOM http://portal.educom.pt/moodle/] ou o projecto [Ciência na Escola | http://moodle.fct.unl.pt/ciencianaescola] têm oferecido às escolas serviço de alojamento de Moodle grátis, e em 2007, a FCCN começou a oferecer também este serviço

O ensino superior

A nível superior, a concorrência entre LMS é maior, existindo diversas Universidades com soluções comerciais. O Gabinete de apoio a projectos do PAOL (Projecto de Apoio online) do ISCAP realizou em 2005 (confirmar data) uma análise do panorama nacional no que se refere às plataformas utilizadas por instituições do ensino superior. Os resultados da análise podem ser consultados na Página do projecto, que abordou um universo de 300 instituições, tendo sido consultados os sites institucionais para recolha de informação.

As empresas e outras organizações ligadas à formação

Face ao custo relativamente reduzido de instalação do Moodle (ausência de custos de licenciamento), várias organizações têm optado por esta solução. Vários centros de formação de professores já contam com uma plataforma Moodle onde oferecem cursos. O Prof2000, um programa de formação de professores a distância e de apoio às TIc nas escolas usa o Moodle na sua oferta formativa. A ed-rom, uma empresa que oferece alojamento do Moodle, tornou-se Moodle partner em 2006 (confirmar data).

O cenário internacional

No nível global, tem-se assistido a um uso exponencial do Moodle, como é comprovável através das estatísticas de download do serviço em Moodle Statistics e ao número crescente de referências nos vários motores de busca (>10.000.000 no Google em Fevereiro de 2007)

A Open University do Reino Unido iniciou em 2006 um projecto de grande escala, com a implementação duma solução Moodle para os alunos da instituição. Com o apoio da Fundação William and Flora Hewlett, esta instituição iniciou também um projecto de partilha de recursos educativos abertos designado Open Learn. Associado a este projecto está o Labspace, um espaço para partilha de cursos.

A investigação

Existem vários trabalhos que visam comparar o Moodle com outras ferramentas de gestão da aprendizagem, nomeadamente o Blackboard, uma solução comercial. De seguida é apresentada uma lista não exaustiva de alguns desses documentos:

  1. (2003) Commonwealth of Learning: COL LMS Open Source
  2. (2004) Jamil Itmazi & Miguel Meg: Survey: Comparison and evaluation studies of learning content management systems
  3. (2004) Dublin City University: Moodle at DCU
  4. (2004) CMS@EC: Survey of students opinions of Moodle
  5. (2004) Catalyst IT Limited: Technical Evaluation of selected Learning Management Systems
  6. (2004) Jay Melton: The CMS moodle: A Heuristic Evaluation
  7. (2005) Dave Bremer & Reuben Bryant: A Comparison of Two Learning management Systems: Moodle vs Blackboard
  8. (2005) Safine Graf & Beate List: An Evaluation of Open Source E-Learning Platforms Stressing Adaptation Issues
  9. (2005) Bert Bos, Kathy Munoz & Joan Van Duzer: Blackboard vs. Moodle A Comparison of Satisfaction with Online Teaching and Learning Tools
  10. (2006) Jon Dron: Any color you like, as long as it’s Blackboard (r)
  11. (2006) Idaho State University: LMS Focus Group Report
  12. [http://www.isu.edu/itrc/resources/LMS_Pilot_Report_FINAL_Fall06.pdf (2006) Idaho State University: LMS Pilot Report (Moodle)}
  13. (2006) Jay Melton: The LMS moodle: A Usability Evaluation
  14. (2006) Brendan Moloney & Tomothy Gutierrez: An Enquiry into Moodle Usage and Knowledge in a Japanese ESP program
  15. (2006) Michael Winter: Learning Management Systems for the Workplace A Research Report
  16. (2007) Andreas Wittke: Why German Universities choose Moodle instead of Sakai
  17. (2007) Idaho State University: LMS Final Report
  18. (2007) Michael Machado & Eric Tao: Blackboard vs. Moodle: Comparing User Experience of Learning Management Systems
  19. (2007) Humboldt State University: Learning Management System Evaluation Report
  20. (2007) Google Trends

No geral, o Moodle está no topo dos rankings.

10 Mitos associados ao Moodle

A seguinte lista de mitos associados ao Moodle começou com uma entrada de fórum de Josie Fraser, como parte da campanha de 2005-6 HUGToB.

Assim que o Moodle estiver estável, será adicionada uma licença. Se fosse realmente um bom software, já estariam cobrando por ele

Martin Dougiamas, o detentor da licença actual (GPL) assumiu estando em registo que o Moodle será sempre livre e sob a licença GPL. Mesmo que não tal não acontecesse, a comunidade poderia pegar na última versão do código com licença GPL e continuar o seu desenvolvimento a partir daí. Uma das forças do Moodle é ser de código aberto, podendo a comunidade educativa global contribuir para torná-lo ainda melhor.

Não há condições para considerar sequer o Moodle se não tiver um programador PHP em tempo integral na minha equipe. No mínimo é necessário muito suporte técnico

Existem muitas instituições a usar o Moodle out-of-the-box, sem qualquer programador no apoio e desenvolvimento. Não é necessário ter conhecimentos em programação se quiser apenas utilizar um site Moodle sem grandes complicações.

O PHP é uma linguagem de programação fácil de aprender, e o código Moodle está bastante documentado, e se quiser contribuir para o desenvolvimento, a curva de aprendizagem é rápida.

É também aceitável afirmar que é necessário um conjunto de conhecimentos técnicos para usar qualquer programa na web de forma segura. Mas este facto está mais relacionado com a gestão do servidor web, a base de dados SQL ou outros detalhes de servidor do que o Moodle propriamente dito. Se conseguir gerir o seu próprio servidor, tem condições para usar o Moodle. Se não souber gerir servidores, pode facilmente obter um serviço de alojamento onde fazem isso por si, tendo apenas de se preocupar em gerir o Moodle e ensinar. Os Moodle Partners ou outros organismos locais, regionais ou nacionais podem oferecer este serviço.

O Moodle não é compatível com os sistemas/software existente

O Moodle corre em FreeBSD, Linux, Mac OS X, e Windows. É compatível com uma grande parte das bases de dados disponíveis, através da integração ADODB. Existem também vários mecanismos de autenticação e inscrição, incluindo LDAP. O Moodle permite aos professores/formadores integrar conteúdos em vários tipos de formatos, seja SCORM, Flash, MP3s ou RSS feeds. No Roadmap para versões futuras está plaenada uma Web API que permitirá uma integração fácil com outras aplicações web.

Tenha em atenção que este é um software de código de fonte aberto, com uma base de apoio documental a programadores bastante extensa. Se o Moodle não é compatível com uma aplicação em particular até ao momento, pode contratar um programador para realizar a integração que pretende, ou desenvolvê-la na sua organização.

O Moodle não tem a experiência comercial que procuro

Existem Moodle partners. O Moodle é atualmente utilizado por grandes organizações. Consulte os Moodle Sites para verificar por si próprio.

Não é possível usar o Moodle "out of the box" – a instalação básica do Moodle não é assim tão sofisticada

Consulte a lista de características, todas incluídas no pacote. Outros temas, blocos e actividades são fáceis de integrar e a maioria é livre, de código fonte aberto. É também simples instalar o Moodle num servidor. Experimente.

Não existe documentação, formação ou suporte técnico disponíveis – está por sua conta

Existe documentação abundante e em contínua melhoria online, disponibilizada pelos utilizadores e programadores da comunidade. Existem também livros à venda e páginas de apoio a professores e criadores de páginas, como é o caso do Moodle PT, .

A maioria dos utilizadores consideram a interface do Moodle intuitiva e este facto ajuda a necessidade de formação. É possível a instituições realizar formação interna e muitas adoptaram com sucesso esta abordagem. Alguns Moodle Partners moodle.com são também especializados em formação.

Existe apoio de qualidade na página Using Moodle moodle.org ou na comunidade Moodle PT. Existem também contratos de apoio dos Moodle Partners moodle.com e por vezes existem estruturas nacionais ou regionais que o fazem para algumas organizações.

O custo total de uma opção Moodle é maior do que uma solução comercial

Com o Moodle e outras plataformas comerciais, terá sempre de pagar o alojamento, apoio, formação e conteúdo: com o Moodle, uma maior fatia dos custos pode ser reduzida utilizando trabalho interno, isto sendo apenas uma possibilidade.

A maior diferença é que com o Moodle não existem custos de licenciamento. O dinheiro que se gastaria na licença pode, por exemplo, ser utilizado no desenvolvimento e adaptação do software às suas necessidades. Para além disso, não está sujeito a um aumento unilateral dos custos de licenciamento, ou mesmo da falência das empresas.

Não é supreendente que a agênvcia governamental do Reino Unido Becta tenha examinado o custo total de software de código aberto nos computadores nas escolas inglesas, constatando poupanças importantes quando comparados com alternativas comerciais. A poupança em despesas de apoio são relevantes.

O Moodle não serve para uma instituição tão grande como a minha

A sua instituição é maior do que a Universidade Aberta do Reino Unido, com 180,000 alunos? A OU UK usa o Moodle como LMS oficial, e existem outras instituições de grande dimensão com uso oficial do Moodle.

O Moodle não foi desenhado para se adaptar para o meu grupo específico de clientes ou formandos

O Moodle é utilizado com sucesso desde o ensino primário, até ao ensino superior, em todas as áreas do conhecimento sejam as artes, línguas, humanidades, biológicas e exatas. O seu uso é também consistente na aprendizagem ao longo da vida, formação de professores, empresas e instituições governamentais.

Temos tudo funcionando no nosso sistema atual, portanto não se justifica o esforço de migração para o Moodle

A migração pode não ser tão complicada quanto isso se pensa, uma vez que o Moodle consegue importar conteúdos numa gama ampla de formatos, seja SCORM, Blackboard ou WebCT. Existe um número crescente de organizações que estão realizando essa mudança.

Do ponto de vista pedagógico, existem vários ganhos possíveis na mudança para um LMS com a colaboração e o social no centro e que reconhece o papel fundamental dos alunos, fornecendo aos professores as ferramentas necessárias para construir comunidades de aprendizagem, indo para além da disponibilização de recursos e tarefas.

Do ponto de vista financeiro, os custos envolvidos numa migração para o Moodle serão rapidamente recuperados através da poupança nos custos de licenciamento.

Ligações externas

Relatório Moodle@FCTUNL 2007 - Caracteriza uma equipa de trabalho que gere o Moodle da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa